7 de abril de 2007


Às vezes seria bom ter uma borracha pra apagar esse sinalzinho maldito. Quanto mais se o tem na vida, mais ficamos parecidos com ele. Definhamos por dentro, ficamos corcundas com o peso de tantas interrogações com (e sem) sentido, até separarmos os pés da cabeça, partindo coração, mente e corpo nesse processo lento mas inevitável.

Aí viramos uns míseros pontos finais, que alguém, se perceber, apaga.

2 comentários:

Tila Miranda disse...

Eu acho que, quando estava começando a ficar corcunda demais, eu olhei direito pro chão. Só lá estão os resquicios, os pedaços, as respostas. Aí eu levantei, estalei a coluna e dei fim em algumas dessas malditas interrogações.
Hoje, quando elas pesam muito, eu me estico, bocejo e durmo.

Tila Miranda disse...

"até separarmos os pés da cabeça, partindo coração, mente e corpo nesse processo lento, mas inevitável."

Eu não citei, mas achei marcante.